Portugal, eu tenho 27 anos, mas tu às vezes fazes-me sentir como se eu tivesse 800
Que crise é esta? E aquela? E aqueloutra?

Portugal, outrora foste grande
Partiste em busca de ti mesmo
Partiste em busca do mundo inteiro

Por entre mares navegados, ousaste ir mais além do entendimento
Quantas naus assomaram na infinitude dos mares
Entregando-se ao Incógnito Mundo Novo
Homens pequenos agigantando-se 
E foram
Num gesto de ida que nunca cessa
Ousaram e na História imprimiram aquilo a que chamamos
Um Legado de Vida após Vida

Mas tanto, tanto Mudou
Na volta, o Sonho, a Vertigem, a Voragem 
Desagregou em Pó, em Memória Póstuma

Olvidaste a tua grandeza, Portugal

E chegou implacável a Síndrome do Impostor
Astrologicamente regido por Peixes
O Sonho ficou além-mar e és agora disseminação 
Fado que carregas como Coroa

Portugal, és tão Grande e não te lembras

Vieram os romanos, os muçulmanos, os lusitanos
E tantos outros 
Nada dissemos nada dizemos
Vieram as hecatombes sociais e económicas
As nacionalizações e as privatizações
As pandemias e os pandemónios
As sucessivas artimanhas e patranhas
Os ataques aos direitos e às liberdades
E nada dissemos
Vieram estranhos e estrangeiros
Injetar capital
E gerar dúvidas e dívidas
E dissidências várias
E, mais uma vez, nada dissemos

Quem te governa está desgovernado
Está apartado da sua Luz, do seu Espírito
Quem te governa está na caverna 
Da sua própria ignorância e pequenez
Quem que te governa está doente
E adoece todos à sua volta com as suas promessas,
Imposições, restrições
Quem te governa está doente dos olhos
Está sem alma nem coração

O Povo Sofre, meu Portugal
O Povo Chora
O Povo quer Paz e Colo
O Povo quer de novo
A Glória

Basta! 

Em nós há Cansaço
Há sobretudo Cansaço
Não Deste nem Daquele
Da Vida que levamos
Do “Vai-se Andando”
E, sabes, Portugal, do Cansaço, quando batemos no Fundo,
Dá-se o Grande Impulso

Impulso, Ânimo, Coragem 
Para reunir os nossos Compatriotas e Juntos fazermos uma nova Revolução

É hora, Portugal, de voltares a mostrar ao Mundo, 
Mas sobretudo a ti próprio, 
O teu valor inalienável
És Leve
És Livre
És Luz para o Mundo

É hora de te voltares a Amar, Portugal!

É hora de te cumprires, meu Portugal!

Sandra Santos, jovem poeta e “artivista”, questiona o (seu) mundo a cada dia, sendo outra constantemente. Amante das artes, do humor, das viagens, das paisagens, dos mistérios, da magia do real, continua a deslumbrar-se com o visível e com o invisível.

























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