António Gramsci nasceu na Itália em 1891 e foi um filósofo marxista e um político que fundou o Partido Comunista Italiano em 1921 e chegou a ser preso duas vezes na Itália Fascista e chegou a publicar várias obras enquanto esteve preso 20 anos. Gramsci acabou por morrer em 1937 algum tempo depois de ter sido solto. Gramsci foi das mentes mais brilhantes de todo o movimento revolucionário e para ele, a revolução não é uma revolução armada, mas sim uma revolução cultural e essa revolução tem que ser coordenada por aqueles que estão, por assim dizer, à frente do processo de tomada de poder, que são os intelectuais orgânicos.
Assim, os intelectuais orgânicos formam um grupo chamado partido político para que aja politicamente e também formam os meios de comunicação e aqueles que vão ter a chamada opinião pública na mão. Estes mesmos intelectuais orgânicos também formam a classe universitária para que ela “esclarecida” possa cada vez mais introjectar e formatar a hegemonia cultural num nível superior que os dos meios de comunicação.
Posto isto, nós temos a acção política, acção social e a acção intelectual coordenadas por um mesmo grupo.
Na sociedade é como se tivéssemos uma pirâmide dividida em classes. O Marx dividiu em dois andares, a burguesia e o proletariado, mas o Gramsci fez uma divisão bem maior. Ele foi colocando o indivíduo e também o que ele chamou de superestruturas por assim dizer impositivas, como por exemplo a família, escola, igreja, sindicatos, partidos políticos, estado e economia. E a revolução e a hegemonia não podem tomar de uma hora para a outra a economia para modificar os meios de produção como quis o Marx.
A mudança não tem que vir de cima para baixo, como diz o Gramsci, mas de baixo para cima. Segundo ele, Primeiro temos que destruir a família, depois a educação, depois a igreja, depois os sindicatos (a não ser o seu próprio), depois os partidos políticos (a não ser o seu próprio) para que depois possamos tomar o estado e tomando o estado acabamos com a oposição e acabando com a oposição, nós conquistamos hegemonicamente a sociedade inteira. Para o Gramsci, A moral cristã, que é a base da família na civilização, é uma moral burguesa e por isso tem que ser destruída.
Então, a onde é que começa este processo? Como já foi dito, começa na cultura. É preciso dar os livros certos para que as pessoas não pensem diferente. Em vez de as pessoas conhecerem Platão, Aristóteles ou Leo Strauss, as pessoas vão conhecer por exemplo Manuel Quirós, Alvaro Cunhal, Marx, Lenine e será a única coisa que vão ler na vida.
Segundo Gramsci, toda a estratégia hegemónica é nada mais nada menos que manipulação, ganhando assim aquele que tiver o maior poder de manipulação e chegará a um momento em que a hegemonia é tão grande e tão forte que ela irá dominar, por assim dizer, os meios de produção. E esse é o momento em que as pessoas compram uma outra estrutura paramilitar para fazer frente à estrutura militar oficial da superestrutura que é o estado. Temos o exemplo das FARC na Colômbia, do NEP nas Filipinas e as antigas FP 25 de Abril e a antiga Legião Vermelha. Gramsci também dizia que conquistando os meios de produção, conquistamos os meios de garantia à sua eficácia. O que garantia a eficácia? Bom, caso a cultura não der certo, nós temos a força do nosso lado. Não vai a bem, vai a mal.
Gramsci foi das primeiras pessoas que reconheceu que não existe Comunismo, mas que existe Socialismo e que o Socialismo não é uma divisão económica, mas uma divisão política. Gramsci sabe que isto só é possível se o estado manter este sistema de pé. Ele não quer destruir o estado ao chegar ao Comunismo, ele quer chegar ao socialismo cientifico mas por uma outra via que é baseada na mesma estrutura marxista mas dela diverge porque os meios são diferentes. Não é pela força, não é pelos impostos, mas sim pela cultura. Modificando a consciência do ser humano obtém-se o poder sobre ele. O melhor exemplo disso actualmente é o Bloco de Esquerda.
Qual é o nome que o Gramsci nos dá a todos, isto é, qual é o nome que o Gramsci dá às suas cobaias deste processo todo? O Gramsci dá o nome de idiotas úteis. Porquê? Porque somos somente cobaias desta estratégia hegemónica e estamos integralmente alienados e não nos estamos a perceber disso. O que é que é a espiral do silêncio na obra de Gramsci? É o meio mais eficaz de calar a boca daqueles que são opostos à hegemonia cultural. Por exemplo começar a dizer que tudo o que estamos a dizer é uma parvoíce, uma estupidez e que não passa de uma teoria da conspiração, tal como o Bloco de Esquerda faz.
Hoje em dia existe uma grande campanha pela legalização das drogas leves, tal como a Cannábis e existem pessoas que são a favor porque acreditam que usar drogas é um direito e existem pessoas que são contra porque acreditam que usar drogas é um estado de alienação. Só que quem é que vai dominar a produção e a venda das drogas em Portugal caso seja legalizado? É o monopólio que é também conhecido como partido político, no caso Português o Bloco de Esquerda. Então para que esse “direito” vingue, nós aceitaremos que exista um monopólio económico que domine todos os meios de produção disponíveis a este respeito. Alguém diz isto nos meios de comunicação social? Não, porque senão amanhece morto. Porque é que é proibido dizer isto? Porque as pessoas que estão de facto interessadas na legalização das drogas não estão preocupadas com o tal “direito”, mas sim com o nosso dinheiro. Só que para isso eles precisam de um meio cultural, e qual é esse meio? É dizer que usar drogas é um direito e fazer daqueles que usam ficarem mais dependentes da substância e fazendo com que eles continuem a comprar e assim eles ficam mais ricos. Quem é que defende isto? O Bloco de Esquerda.
Para todos os Gramscistas, nós seremos sempre idiotas úteis. Só não somos se não estivermos alienados ou se fizermos parte do grupo deles.
21 de Julho de 2019
Boa e clara exposição sobre a tirania desumana e esclavagista que o socialismo, o BE, defendem! Até quando terão liberdade para destruirem Portugal?
Muito boa informação para ajudar as pessoas a reflectirem sobre o que se passa à sua volta.
Em defesa da liberdade. Que liberdade, se eu tenho que estar alienado ou de acordo com o sistema? O que de fato está a ocorrer nesse imenso e maravilhoso Brasil do meu Deus?