Na Segunda-feira, dia 22 de Junho, uma multidão tentou derrubar a estátua de Andrew Jackson [7º Presidente dos EUA]. Pintaram a base com spray, tentaram deitar abaixo a estátua. Em letras grandes, pode ser visto “assassino” no fundo. Incrível!

Isto está a acontecer em todo o país, como sabem, e há uma razão para isso. Durante o fim-de-semana, sem dúvida, já ouviram falar disto, funcionários da cidade anunciaram o seu plano para remover a estátua de Teddy Roosevelt [26º Presidente dos EUA] do exterior do Museu de História Natural de Nova Iorque. A estátua de bronze está ali, na Rotunda de Theodore Roosevelt, virada para o Central Park, construída antes da Segunda Guerra Mundial. Em breve desaparecerá.

As pessoas que ergueram essa estátua há 80 anos atrás ficariam confusas com isto, sem dúvida. Não consideravam Teddy Roosevelt uma figura controversa. Na verdade, Roosevelt foi o Presidente mais popular da história americana. Era também o Presidente mais americano. Nenhum outro país poderia ter produzido Teddy Roosevelt.

As virtudes de Roosevelt reflectiam os valores da América. Ele era fisicamente corajoso. Era profundamente letrado, altamente autodisciplinado e surpreendentemente enérgico. Enquanto era estudante universitário, Roosevelt escreveu uma história de dois volumes da Guerra de 1812 que ainda hoje se encontra publicada.

Ele foi o Presidente mais jovem da história Americana. Ele salvou a economia dos monopólios empresariais. E, ao fazer isso, tornou possível a classe média americana. Ele criou os parques nacionais. Criou o Canal do Panamá, a Food and Drug Administration, e continuou sem parar.

A lista das realizações de Teddy Roosevelt enche as prateleiras de biografias. A estas juntam-se os mais de 40 livros que ele próprio escreveu sobre temas que vão desde Oliver Cromwell à criação de gado e à justiça social.

Pessoalmente, Roosevelt era conhecido por ser um bom homem. Em 1901, ele convidou o seu amigo Booker T. Washington para jantar. Nunca nenhum afro-americano tinha comido na Casa Branca. Os democratas rugiram de raiva com a ideia. Pelo crime de terem uma refeição com um negro, atacaram Teddy Roosevelt e a sua mulher o resto das suas vidas. Mas Roosevelt nunca se curvou. Ele espetou o dedo à multidão, e continuou alegremente.

Teddy Roosevelt foi um herói para milhões de americanos. Ainda é. É precisamente por isso que estão a demolir a sua estátua. Eles sabem que, se conseguirem forçar-te a ver a destruição dos teus heróis, eles ganharam. Não há nada que eles não possam fazer a seguir.

Eles podem decidir como criar os teus filhos, como votas e no que podes acreditar. Depois de vos humilharem, podem controlar-vos e é por isso que, por todo o país, as multidões estão a demolir os monumentos da América.

Nas cidades de Richmond e St. Paul, no Minnesota, demoliram estátuas de Cristóvão Colombo. Fizeram a mesma coisa em Boston. O presidente da câmara de Boston diz agora que é altura de retirar uma estátua de Abraham Lincoln, o homem que libertou os escravos. É racista.

Em Dallas, retiraram a estátua do Texas Ranger do aeroporto, que tinha mais de 50 anos. Em Dearborn, Michigan, derrubaram a estátua do antigo Mayor. Fizeram a mesma coisa em Filadélfia.

Em Nashville, retiraram uma estátua de um antigo Senador dos EUA. O mesmo em Albany. No Oregon, Thomas Jefferson e George Washington foram derrubados. Em São Francisco, a multidão demoliu estátuas de Ulysses S. Grant, Junipero Serra e Francis Scott Key. No pedestal do monumento de Key, eles pintaram com spray, “Matem os colonizadores” e “Matem os brancos”, para o caso de não perceberem o ponto.

Uma coisa que todos estes americanos, agora “cancelados”, têm em comum: nenhum deles lutou pela Confederação. Derrubar as suas estátuas não teve nada a ver com a Guerra Civil – pelo menos não com a primeira Guerra Civil, aquela que teve lugar há 150 anos.

Os Democratas compreendem isso muito bem, e apoiam. Em todos os locais onde a multidão destruiu monumentos públicos, os líderes democratas apoiaram-nos. Mas ao mesmo tempo – e os senhores devem sabê-lo – muitos republicanos também o fizeram.

Na semana passada, uma multidão no centro de Washington, D.C. decidiu demolir uma estátua de um homem chamado Albert Pike. Pike era famoso como jornalista e poeta e, mais tarde, como um destacado maçon.

Durante menos de um ano, de finais de Novembro de 1861 a meados de Julho de 1862, Pike serviu no exército confederado. Mais tarde, Pike foi preso por traição contra a Confederação, e foi executado por isso. Mas, no final, isso não o salvou da multidão. Eles incendiaram a efígie de Pike enquanto ela jazia no chão.

Pelo menos um conservador proeminente tweetou a sua aprovação. Os republicanos no Congresso não disseram absolutamente nada, e poderiam ter dito. A estátua de Pike agora destruída é propriedade do Serviço do Parque Nacional. É propriedade federal. Destruí-la foi um crime federal, mas ninguém em Washington considerou sequer a possibilidade de fazer cumprir essa lei.

Kevin McCarthy da Califórnia, o maior republicano da Câmara, não estava em posição de dizer muito sobre o assunto. McCarthy apoiou a remoção de estátuas que a esquerda designou como racistas. Na semana passada, enquanto multidões violentas percorriam o país destruindo propriedade pública, Kevin McCarthy recusou-se a reconhecê-lo na sua conta oficial no Twitter. Na Quarta-feira, McCarthy conseguiu enviar um tweet muito enfático a apelar a sanções contra a Síria “para responsabilizar o regime de Assad pelas suas atrocidades”.

Os republicanos eleitos, quase todos, não têm pressa em acabar com a desordem. Eles parecem acreditar que o que estamos a ver é uma versão dos motins de Rodney King de 1992. As pessoas viram um vídeo perturbador na internet, estão zangadas, e isso é compreensível. Mas vão acalmar-se em breve, e podemos voltar a reduzir os impostos sobre as mais-valias e a sancionar Bashar al-Assad. É essa a opinião deles.

Eles estão enganados. Isto não é um distúrbio civil momentâneo. Este é um movimento político sério e altamente organizado. Não é superficial. É profundo e sério. Tem grandes ambições. É insidioso; vai crescer. O seu objectivo é acabar com a democracia liberal e desafiar a própria civilização ocidental.

Este é um movimento ideológico. As ideias que o alimentam incubaram durante décadas nas universidades. A propósito, pagámos por tudo isto. Nós ficámos tão emocionados quando os nossos filhos entraram na [Universidade] Duke que decidimos ignorar o que a Duke lhes estava realmente a ensinar e continuamos a enviar grandes cheques. Isso foi um erro. Foi um dos maiores erros que alguma vez cometemos.

Não apreciámos os riscos envolvidos na altura e, em resultado disso, tornámo-nos alvos fáceis para as suas mentiras. Mesmo agora, muitos de nós continuam a fingir que se trata de brutalidades policiais, da morte de um homem chamado George Floyd em Minneapolis.

Continuamos a imaginar que o podemos resolver ao regularmos os estrangulamentos ou ao gastarmos mais na formação para a dissuasão. Somos demasiado literais. Temos demasiado bom coração para compreender o que está realmente a acontecer. A nossa decência é a principal arma da multidão contra nós. Não temos ideia de quem estamos a enfrentar.

Para a maioria das pessoas, a principal alegria na vida é o acto de criação, fazer algo de bom e útil, seja um jantar para a família ou um terraço no fundo da casa ou um dia produtivo de trabalho. O acto mais profundo da criação, é claro, ter filhos – criar a própria vida.

Sociedades saudáveis celebram isso tudo. Elas entendem que o impulso para criar é como as civilizações são construídas. Mas elas também reconhecem que há forças dispostas contra a criação e defendem-se firmemente contra elas.

Em todas as sociedades, há aqueles que procuram destruir. Eles destroem pela mesma razão que meninos perturbados torturam cães ou matam gatos. A dor infligida fá-los sentir poderosos.

Costumávamos chamar a essas pessoas como forças anti-sociais. Elas continuam a existir. Nós apenas fingimos que não existem. Ou pior, desculpamos o seu comportamento. Nós continuamos a mimá-los. Financiamo-los. Wall Street envia-lhes dinheiro, na esperança de que sejam os últimos a ser destruídos. Nós só olhamos confusos. Não sabemos realmente o que está a acontecer, mas os destruidores sabem. Eles sabem exactamente o que se está a passar.

Nunca na história Americana eles estiveram tão poderosos como agora. Nesta Segunda à tarde, um activista chamado Shaun King publicou a seguinte exigência no Twitter: “Todos os murais e vidrais com um Jesus branco e a sua mãe Europeia, juntamente com os seus amigos brancos, devem ser todos destruídos. São uma forma grosseira de supremacia branca, criadas como instrumentos de propaganda opressora e racista. Têm que ser todas destruídas.”

Antes que desprezes esta ideia como absurda, como um devaneio de um louco nas redes sociais, lembra-te que o Shaun King é o líder mais famoso do “Black Lives Matter”. A organização “Black Lives Matter” é mais populares do que ambos os partidos políticos. Por isso, não fiques surpreendido quando eles forem à tua Igreja. Porque é que não iriam? Ninguém os está a parar!

Bem, podes imaginar que a legítima defesa pessoal é o bastião contra o caos. Neste país, podes sempre assumir que podes defender a ti e à tua família. Isso é um pilar da nossa Civilização, de todas as civilizações Ocidentais.

Uma mulher assumiu isso também. Na Quarta-Feira, ela estava a conduzir em Louisville, Kentucky. De acordo com a polícia local, a mulher ficou cercada por manifestantes que estavam a bloquear a estrada. Ficaram à frente do carro com um megafone. Ela tentou discutir com eles para passar. Um deles sacou de uma arma. A mulher tentou fugir. Quando a mulher parou num semáforo vermelho, um quarteirão à frente, outro manifestante apontou uma arma. Felizmente, conseguiu fugir e chegar a casa sã e salva.

No Domingo, a NPR (Rádio Nacional Pública) publicou um artigo sobre o incidente. O título da peça era: “Ataques com veículos aumentam, enquanto os extremistas perseguem manifestantes.” Noutras palavras, por tentar fugir de ser assassinada, a NPR chamou a esta mulher de “extremista” que estava a “perseguir manifestantes.”

Pensa um bocadinho sobre isso e vais perceber porque tão poucos cidadãos tentaram parar os tumultos e pilhagens no nosso país. Os Antifa não são donos das estátuas da tua cidade, não são donos da tua cidade. Tu és! Tu ajudaste a pagá-las. Mas o que é aconteceria se tentasses defender a propriedade pública ou até defender a tua própria propriedade?

Tu sabes a resposta. Serias perseguido por agentes federais na tua própria casa, aconteceria a ti o que aconteceu ao Roger Stone, com a ajuda e cumplicidade da CNN e outros tantos. Não haveria questão que eras um criminoso.

A um nível notável, a aplicação das leis federais é conduzida por imperativos políticos. Alguns tipos de supostos “crimes de ódio” estão no topo da lista. O FBI vai reagir mais depressa a esses “crimes” do que a polícia local a reagir a um roubo na tua casa, mesmo quando, como tantas vezes acontece, se revelam falsos.

Entretanto, os verdadeiros crimes de ódio – crimes brutais em que os americanos são gravemente feridos – são completamente ignorados. Têm lugar nas nossas ruas com uma regularidade chocante. Os meios de comunicação social não os cobrem. Muitas vezes ficam impunes por completo.

Isso não é especulação. Há um vídeo bastante recente na Internet. Não vamos mostrar-te os clips. Se tiveres interesse, vá ao feed do Twitter do Matt Walsh antes que o Twitter o apague. Vais perceber o ponto.

Mas tu já sabes. As leis não são aplicadas igualmente na América. Algumas vítimas são consideradas mais merecedoras do que outras, apesar do facto de sermos todos cidadãos. A justiça não é cega. Nunca na nossa vida isto foi tão verdadeiro como agora, e é muito provável que venha a piorar. É esse o objectivo deste movimento, destes tumultos – derrubar o valor, o princípio da igualdade perante a lei.

Depois de Novembro, essa tendência poderá acelerar-se dramaticamente. E a propósito, devemos parar de fingir que se trata de uma eleição entre Donald Trump e Joe Biden. Não há nenhum Joe Biden. O Joe Biden de que se lembra já não existe.

A farsa oca e balbuciante que vês pode ter o mesmo nome e características semelhantes, mas por detrás da máscara, não há nada mais do que uma colecção confusa de pontos de conversa do início dos anos 70.

O candidato não tem pensamentos independentes próprios. Ele não tem crenças fundamentais. Ele está vazio. Ele é um cavalo de Tróia perfeito. Para as pessoas que tomaram conta do Partido Democrata, ele é perfeito.

O plano deles é montá-lo até ao poder. Uma vez lá, alguém duro e calculista – Kamala Harris, provavelmente – vai mudar o país. Como? Bem, eles mostraram-nos como.

Durante três anos, disseram-nos que agentes secretos russos tinham tomado conta do governo dos EUA. Nunca houve uma única prova que demonstrasse que isso fosse verdade de alguma forma. Era um embuste. E, no entanto, funcionou. Eles dominaram o país com essa mentira, e isso foi um teste.

Será que podemos convencer milhões de pessoas a acreditar em algo que é completamente absurdo? Sim, podemos. Foi isso que eles aprenderam. Essa é a lição. Eles voltarão a fazê-lo.

Desta vez, os russos serão simpatizantes confederados ou nazis ou supremacistas brancos ou qualquer outro nome que escolham dar aos seus opositores políticos. Isso não importa. Mas uma vez que escolham um, vão acabar em histeria em massa, porque é nisso que são bons. Os meios de comunicação social vão colaborar plenamente, porque é essa a sua função. E teremos outra caça às bruxas, mais uma vez com o total apoio dos serviços federais e secretos. E quem sabe, talvez também os militares, porque a ameaça é tão “profunda”.

Algumas almas tolas tentarão apontar o óbvio, o que é verdade. É claro que há aqui racistas, como há em todo o lado. Mas globalmente, este é o país menos racista da história do mundo. Milhões de africanos querem mudar-se para cá. Muitos já o fizeram. O nosso último presidente era negro. De que é que estão a falar?

Essas pessoas vão ser silenciadas. Quem desafiar a narrativa, será silenciado. Nessa altura, a categoria do discurso do ódio terá sido alargada para incluir tudo o que não quiserem ouvir e será criminalizado.. Vejam só. Se podem derrubar uma estátua de Lincoln por ser racista, podem proibir a Primeira Emenda. Vocês não vão querer viver num lugar como este.

Quem nos pode salvar disso? Bem, a partir de agora, só os republicanos nos podem salvar disso. Não porque sejam intrinsecamente virtuosos, não porque queiram – não querem – mas porque são o partido da oposição na medida em que ainda têm oposição a qualquer coisa. Não temos outra alternativa senão pedir a sua ajuda. O Partido Republicano é o único centro de poder neste país disponível para as pessoas que discordam.

Não importa em quem votaram da última vez. Isto não é uma aprovação das políticas de ninguém. É um reconhecimento de quem detém o poder e de quem não detém. E o Partido Republicano é o único centro de poder disponível.

Na Sexta-feira, Vince Coglianese do “The Daily Caller” entrevistou Donald Trump na Casa Branca. Coglianese perguntou ao presidente porque não enviou tropas federais para pôr fim ao caos em cidades como Seattle. Eis o que o Presidente respondeu: “Neste momento, acho que é óptimo sentar-me e assistir a esta catástrofe.”

Compreendemos o que ele estava a dizer. Estas são cidades liberais, e estão a destruir-se a si próprias. As suas políticas não funcionam. É isto que se obtém quando se vota nos democratas.

Mas continua a ser a resposta errada. Um presidente é responsável por todos os americanos, não importa onde eles vivam. Imagina se tivesses uma discussão acesa com um dos teus filhos. O miúdo foge de casa, vai completamente ao fundo e torna-se um viciado em heroína, a viver na rua. Mas tu não o procuras nem tentas salvá-lo.

Em vez disso, gabas-te de que o seu vício nas drogas é a prova de que estavas certo o tempo todo. “Neste momento, acho que é óptimo ficar sentado a assistir a esta catástrofe.” Não dirias isso. Nenhum bom pai diria isso. Nenhum presidente o deveria dizer, também.

Precisamos de ajuda, e precisamos dela agora mesmo. Isto não são protestos. Este é um movimento político totalitário, e alguém precisa de salvar o país dele.

Adaptado do monólogo de Tucker Carlson de “Tucker Carlson Tonight” no dia 22 de Junho de 2020.