A Teologia da Libertação foi inventada na União Soviética e quem inventou o termo Teologia da Libertação foi Nikkita Khrushchov e ele chamou meia dúzia de funcionários para implementar esta religião no mundo ocidental para corromper a religião e assim fazer como António Gramsci ensina “Não devemos combater a religião, mas corrompê-la por dentro para fazer dela uma caixa de ressonância das nossas ideias”. Nikkita Khrushchov sabia disso e então ele inventa a Teologia da Libertação e em 1968 cria um congresso internacional onde essas ideias são apresentadas. 3 anos depois aparece o primeiro livro sobre a Teologia da Libertação, de autor latino-americano que era o Padre Gustavo Gutierres. Este mesmo Padre esteve na conferência, ouviu as instruções de Nikkita Khrushchov e escreveu o livro. Até hoje é dito que foi o Padre Gustavo Gutierres que inventou a Teologia da Libertação, mas, como é claro, estão enganados.
Ou seja, Nikkita Khrushchov inventou a Teologia da Libertação em 1950 e só conseguiu fazer a conferência em 1968. Podem já imaginar a longa preparação que ouve e podem também imaginar quantas pessoas da KGB estiveram envolvidas neste processo. Daí, ele lança em 68 e o Padre Gutierres se oferece gentilmente para ser o porta-voz e alguns anos depois a igreja católica decide reagir. O que é que ela fez? O Papa João Paulo II, manda o cardeal Ratzinger fazer uma análise da Teologia da Libertação. E o que é que Ratzinger fez? Ratzinger leu os livros de Gutierres e de um outro sujeito chamado Leonardo Boff e os analisa do ponto de vista da teologia católica e assim mostra que aquilo é incompatível com a doutrina católica.
A partir daí, os conservadores começaram a pensar que a Teologia estava liquidada. É preciso ter em mente que o Cardeal não analisou a Teologia da Libertação, mas a versão publicitária do Padre Gutierres e de Leonardo Boff.
A Teologia da Libertação é uma teoria que está divida em dois discursos: o discurso descritivo ou teórico que são os pretextos teóricos e depois tem o discurso apelativo que é o discurso unificador da militância onde a militância se reconhece.
Isto tudo teme um efeito duplo: Teve um efeito no Vaticano que serviu para chamar a atenção dos teólogos para o aspecto argumentativo e eles ficaram a examinar e, enquanto que o Ratzinger estava a examinar as altas teorias, o discurso da Teologia da Libertação estava actuando no nível apelativo no fundo da sociedade criando várias comunidades e estas coisas não foram vistas pelo Cardeal Ratzinger. Ou seja, ele estava a pairar num nível académico, porque era a única coisa que ele sabia fazer e fê-lo muito bem feito porque a análise que ele faz é muito bem feita. Só que, no momento ele demoliu a teoria da Teologia da Libertação, a Teologia da Libertação já era um movimento de massas enormemente poderoso. E, é preciso ter em mente que a militância não está interessada no aspecto teológico da coisa. Se perguntarmos aos militantes “Já algum de vocês leu a análise do Cardeal Ratzinger” todos irão responder que não por diversas razões.
Esta derrota já vem da cultura do ocidente que vem do preceito democrático que é o “combate das ideias e não das pessoas”. Isto é um erro, porque se nós vamos combater as ideias e não as pessoas, iremos ganhar todas as disputas académicas e perder todas as disputas políticas. Porque, a disputa política não é uma disputa de ideias, mas uma disputa de poder por pessoas. Se nós conseguirmos mandar abaixo o argumento de uma pessoa, mas essa pessoa continuam num cargo e nós continuamos a ser um Zé Manel, significa que ele ganhou e nós não. Isto é, nós provámos que ele está errado, mas ele continua no poder cheio de dinheiro e de poder, ele via continuar a rir da nossa cara. Então, podemos concluir que a Teologia da Libertação ganhou na esfera política e que ela perdeu na esfera teológica que não interessa para nenhum dos seus militantes.
Isto só mostra a fraqueza da reacção da igreja católica contra não só a penetração de ideias comunistas mas a penetração do islão. Porque é que isto aconteceu? Porque a igreja católica perdeu o senso da unidade da civilização e da unidade do processo histórico e ela está tratando as ideias como elas fossem coisas separadas do mundo prático. Ela só fica debatendo no mundo das ideias. Então, a ideia de que existe aqui uma doutrina ideal mas na prática as pessoas fizeram outra coisa, é uma ideia errada típica do liberalismo ocidental, de que as ideias são puras e a prática as corrompe. Mas a prática corrupta já está dentro das ideias.
É preciso ter noção de que nenhum Teólogo da Libertação é católico ou cristão, são apenas comunistas. Foi somente feita para enganar os católicos e os cristãos e continuamos a ver estes mesmos a cair na Teologia da Libertação, porque nunca estudaram a história do movimento e da estratégia comunista.
28 de Julho de 2019