O líder do Partido italiano Liga, Matteo Salvini, disse numa entrevista no dia 19 de Janeiro que o recente aumento do anti-semitismo na Europa é principalmente consequência da imigração em massa de muçulmanos no continente.
“Penso que tem a ver com o fortalecimento do extremismo e do fanatismo islâmico nos últimos anos”, disse Matteo Salvini.
“Mais importante ainda, está ligado ao facto de que alguns académicos e meios de comunicação social estão mobilizados contra Israel e criam ódio para justificar o anti-semitismo”.
Salvini disse que um certo nível de anti-semitismo sempre existiu na extrema-esquerda e na extrema-direita, mas o seu crescimento actual tem de ser atribuído a uma mudança na população da Europa.
“Há, é claro, um anti-semitismo de pequenos grupos políticos minoritários – nazis e comunistas”, disse Salvini. “Mas agora a presença maciça na Europa de migrantes vindos de países muçulmanos, entre os quais muitos fanáticos que estão a receber o apoio total de certos intelectuais, está a espalhar o anti-semitismo também na Itália”.
O anti-semitismo na Europa cresceu nos últimos cinco anos e prevê-se que piore ainda mais, de acordo com uma ampla pesquisa com 2.700 jovens judeus europeus realizada pela Agência Europeia dos Direitos Fundamentais.
Entre os judeus inquiridos, que têm entre 16 e 34 anos de idade, quase metade (44%) já sofreram assédio devido à sua fé e não usam roupas distintas devido a recearem pela sua segurança.
Em Março, o secretário de Estado americano Mike Pompeo disse estar “profundamente preocupado com uma velha ameaça que está a reaparecer para Israel e os judeus em todo o mundo, a ameaça do anti semitismo”.
“É um cancro no Médio Oriente, na Europa e, infelizmente, também aqui nos Estados Unidos”.
“Na Grã-Bretanha, a tolerância do partido trabalhista ao anti-semitismo nas suas fileiras é uma vergonha nacional, e os judeus franceses estão sob ataque”, disse ele. Na entrevista de Domingo, Salvini disse que a “imprensa esquerdista” tenta culpar o anti-semitismo europeu pela ascensão dos partidos de direita, mas observou que esta teoria não se comporta com os factos.
“Há um anti-semitismo de extrema-direita, e há um anti-semitismo de extrema-esquerda, que é institucionalizado […] Pense em Jeremy Corbin, ou nos activistas de esquerda na Alemanha, que não queriam ser como os nazis e acabaram por boicotar os produtos israelitas”.
“Tenho a certeza, no entanto, que o elevado número de muçulmanos na Europa é a principal causa do actual anti-semitismo”, disse ele.
“Aqueles que acreditam no neonazismo e no anti-semitismo neofascista são nossos inimigos como aqueles que acreditam no anti-semitismo da esquerda radical e do islamismo radical”, disse Salvini. “É uma obrigação lutar contra todos aqueles que afirmam que os judeus são os nazis do nosso tempo.”
O ex-ministro do Interior também disse que muitas instituições europeias progressistas não são amigas do judaísmo.
“Passei nove anos no Parlamento Europeu e posso dizer que as instituições europeias – muito menos as instituições da ONU – não são amigas de Israel […] O Parlamento Europeu tem hoje uma maioria que não é amiga de Israel.”
“Aqueles que querem apagar o Estado de Israel devem saber que terão em nós um inimigo. Israel é um aliado. Isto deve ser ensinado nas escolas e universidades”, defendeu Salvini.
Fontes:
https://www.israelhayom.com/2020/01/19/eu-should-ban-bds-in-europe-top-italian-official-says/https://www.breitbart.com/middle-east/2020/01/19/matteo-salvini-muslim-immigration-is-main-cause-of-resurgent-antisemitism/