Fomos nós os Portugueses do Oriente que a pedido dos Britânicos ajudámo-los a assentar arraiais na Ásia devido ao nosso superior saber de séculos, por também os conhecer bem, não podemos pactuar com este aproveitamento político socialista português para esconder a péssima governação e pior combate à pandemia. Em qualquer dos casos nós por casa lembramos sempre do velho provérbio “não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu” e de todo não concordamos obrigar o Governo de Sua Majestade a comer gelados com a testa, pois só nos fica muito mal.

A governação desastrosa do governo do Partido Socialista em Portugal tem sido nos últimos anos muito hábil a criar factos para divergir a atenção do que realmente interessa que deveria ser a boa governação e desde a chegada da pandemia do COVID-19 o eficiente combate e prevenção em território nacional, mas não tem sido o que se tem passado.

Em boa hora os habilidosos socialistas, na sua maioria afrancesados e continentalistas obedientes a Bruxelas, revanchistas, encontraram uma oportunidade perfeita para acusar o mais antigo aliado militar português para o espaço euro-atlântico, o Reino Unido, e primeiro país a conseguir sair da UE, mesmo que injustamente e às meias palavras deturpando a decisão do governo conservador de Sua Majestade a Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. O aparato socialista em Portugal lançou a confusão e tudo para a divergir as atenções do que realmente preocupam e alarmam os portugueses que é a total incompetência do governo socialista.

Através do embaixador de Sua Majestade em Lisboa a mensagem foi muito clara:

“Devido à incidência relativamente elevada de casos de covid-19, principalmente na região da grande Lisboa, o governo britânico decidiu continuar a desaconselhar todas as viagens que não sejam essenciais para Portugal continental”.

Por outro lado, “em reconhecimento das taxas de infeção muito mais baixas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, bem como o facto dessas ilhas serem acessíveis através de voos diretos do Reino Unido e terem controlos efetivos de entrada relacionados com a covid-19”, o Governo de Sua Majestade deixou de desaconselhar viagens para estas regiões, já a partir do dia 4 de Julho.

Fazendo ainda votos para que a taxa de infeção em Portugal continental “diminua rapidamente”, para que seja possível levantar as restrições de viagens ainda existentes.

Ora perante estes factos sabemos que a decisão do Governo Britânico não foi de ânimo leve para além de ter relatórios e informações profissionais de acompanhamento da evolução da situação da pandemia em Portugal.

O Reino Unido sabe perfeitamente bem o que se passa em Portugal quanto à questão da pandemia do covid-19, com a embaixada em Lisboa e o vice-consulado em Portimão, com sete diplomatas e um adido de defesa britânicos acreditados em Portugal, do staff local contratado com as suas respectivas famílias para além de altos quadros da Comunidade Britânica a viverem em Portugal, todos eles sabem muito bem o que se passa no nosso País.

Nós não podemos ter informação diária contraditória e a negar o alegado sucesso e a obrigar governos estrangeiros a aceitarem as mentiras governamentais portuguesas pois a prioridade de qualquer governo de bem e no mundo é em primeiro lugar tomar decisões para a protecção da sua própria população.

Não adianta aos demais políticos portugueses fazerem deste não-caso de vendeta à la Mapa Cor-de-Rosa pois esta é apenas uma situação de completa incúria e incompetência nacionais no combate ao covid-19 e fica-nos muito mal perder toda a nossa grandeza nacional decorrente da História de Portugal no mundo e passar a imagem de pedinchões por um Xelim que seja, por mais uma moedinha. Já Dom Pedro afirmara a Sá da Bandeira que não é vergonha nenhuma ser-se fraco mas sim o é não querendo ser forte, frase digna de registo da obra do embaixador Alberto Franco Nogueira em “As Crises e os Homens”.

Vitório Rosário Cardoso
Presidente da Secção do PPD/PSD em Macau e em Hong Kong