“O discurso de ódio está a aumentar, ameaçando a paz, a estabilidade social e os valores democráticos. É por isso que lancei um plano para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio, defendendo a liberdade de expressão”, diz o secretário-geral da ONU, António Guterres, na Terça-feira, 18 de Junho.
Hate speech is on the rise, threatening peace, social stability and democratic values.
— António Guterres (@antonioguterres) June 18, 2019
That’s why I’ve launched a plan to identify, prevent, and confront hate speech, while upholding freedom of speech and expression. https://t.co/3fZnfsuRPp pic.twitter.com/IZyGgWChSl
No seu tweet, o secretário-geral da ONU, de uma forma muito orwelliana, disse ter “lançado um plano para identificar, prevenir e confrontar o discurso de ódio, defendendo a liberdade de expressão”, isto meu caro leitor, é o que se chama uma ‘dupla linguagem’ como resultado de ‘duplo pensamento’ – a aceitação de opiniões ou crenças contrárias, ao mesmo tempo, especialmente como resultado de doutrinação política. O ódio é não gostar de algo ou de alguém com paixão, proibir uma emoção ou um alegado discurso de ódio é de facto proibir a liberdade de expressão.
Mas o que é discurso de ódio para a ONU? De acordo com sua própria definição do seu plano para suprimi-lo, o ‘discurso de ódio’ é em si um ataque à tolerância, inclusão, diversidade e à própria essência das nossas normas e dos direitos humanos. Aparentemente, criticar a diversidade, o fracasso do multiculturalismo e como isso piorou muito a vida na maioria dos países ocidentais é, em si mesmo, agora odioso.
O seu plano para combater o discurso de ódio?
– Mais censura em plataformas online para visões opostas;
– Monitorizar a atividade daqueles considerados “odiosos”;
– Grupos voluntários de desempregados ou indivíduos que têm pouco para fazer e que passam sua vida online a pesquisar e relatar visões opostas;
E, finalmente, novas formas de “autopoliciamento”, provavelmente inteligência artificial a procurar discursos dissidentes.

O documento insiste que a luta contra o “discurso de ódio” irá manter a liberdade de expressão, mas todos sabemos que está longe de ser verdade. Discurso de ódio é apenas um termo guarda-chuva usado pela elite para censurar a liberdade de pensamento e de expressão a partir de opiniões e factos inconvenientes, o seu domínio do monopólio do que pode ser dito ou não online está cada vez mais forte.
19 de Junho de 2019
Fonte:
UN President launches his brand new plan to silence dissident opinions, labelled as ‘Hate Speech’
«O ódio é não gostar de algo ou de alguém com paixão».
Não, o ódio não é isto.
«proibir uma emoção ou um alegado discurso de ódio é de facto proibir a liberdade de expressão»
Esta é uma manipulação em que se joga com as palavras. O ódio não é simplesmente uma «emoção» ao nível da tristeza, alegria, etc. E proibir um discurso de ódio não é proibir «um alegado discurso de ódio». A proibição do discurso de ódio pode vir a ser usada abusivamente para proibir um alegado discurso de ódio, mas isso é já outra coisa. E da mesma forma que o abuso da proibição não é aceitável, também o abuso da liberdade de expressão não é aceitável. Liberdade de expressão é a liberdade de cada um emitir as suas opiniões, respeitadoras do outro e da legalidade, formadas de boa-fé, independentemente da sua validade ou da validade que lhe atribuam, sem temor de consequências legais. Não é a liberdade de desrespeitar, ofender, enganar propositadamente, incitar à violência, etc., etc.