Admiração e orgulho neste herói de Portugal.
Ao soldado comando Aliu Camará, vítima de grave acidente que resultou na amputação das suas pernas, manifesta a Nova Portugalidade admiração, solidariedade e sincero desejo de que enfrente com coragem este terrível desaire. Aos que lutam e sofrem por Portugal tem o Estado e suas instituições o dever de acarinhar, proteger e auxiliar de todos os modos. É o que se exige do Exército no caso do soldado Aliu, herói de Portugal e exemplo para todos nós.
Ao mesmo tempo, esta tragédia – pessoal, familiar e nacional – convoca importante reflexão. O Exército português é o braço forte de Portugal – o seu dever é a defesa pelas armas, quando necessário, do interesse concreto da nação portuguesa. Pois bem: que interesse português é defendido na República Centro Africana, território com que não possuímos vínculo histórico ou cultural de qualquer natureza, que jamais esteve sujeita à influência de Portugal e cujos problemas internos de maneira alguma nos afectam directamente? Se o exército deve estar em África, que esteja em Moçambique, onde problemas de instabilidade, miséria geral e terrorismo de inspiração religiosa impedem o sossego das populações e o desenvolvimento material. Que esteja na Guiné – por sinal, terra ancestral do bravo soldado Camará -, onde Portugal andou desde o século XV. Na República Centro Africana, para fazer com dinheiro nosso e rapazes nossos as guerras africanas da França, não podemos estar.
Que este sacrifício no-lo recorde finalmente e nos levante deste sono.
Nova Portugalidade

16 de Junho de 2019