Artigo de opinião de Jorge Silva Paulo, Capitão de Mar e Guerra reformado e Doutor em Políticas Públicas.
Em seis meses, os media em uníssono fizeram do vice-almirante Gouveia e Melo (GM) um menino-de-oiro. As massas, incluindo muitos diferenciados, imbuídos daquele tão português sebastianismo, e abdicando de qualquer prudência, seguiram o flautista. Os media fizeram o mesmo com Sócrates, mas poucos aprenderam que, quando está em causa o poder, entusiasmo sem cautela e espírito crítico é mau. Claro que a fé dispensa os factos, e há muitos, nos media e na comunidade em geral, a guiar-se por fé. Ainda assim, é bom, nem que seja só para ficar registado, notar factos muito relevantes.
Em primeiro lugar, GM não vacinou os portugueses, nem sequer é responsável pela elevada taxa de vacinação dos portugueses. GM foi coordenador – isto é, nem sequer foi chefe – da task force, que reuniu técnicos de vários ministérios. GM não aprovou as vacinas, não decidiu a compra das vacinas, não comprou as vacinas, não elaborou o plano de vacinação e não aplicou as vacinas. GM teve um cargo administrativo e coordenou um grupo de pessoas que executou o plano de vacinas. GM teve um encargo logístico, de distribuição das vacinas onde elas foram aplicadas. O planeamento coube ao Kaizen Institute.
Segundo, apesar de ser coordenador da task force, foram atribuídos recursos a GM, incluindo militares, na sua dependência hierárquica e de que não se sabe ao certo o que fizeram (para lá de seguirem o que sobre ele se dizia nas redes sociais e nos media tradicionais). Só custa ser bom gestor e bom líder quando isso impõe custos. GM teve os recursos que quis, inclusive para gastar em merchandising (quem o pagou?) para distribuir e se exibir.
Terceiro, apesar de ser só um coordenador administrativo, GM teve uma presença constante nos media, tantas vezes mais destacada do que os responsáveis políticos. Aliás, é de realçar que os media estavam sempre à espera de GM onde este ia. Não custa perceber como, dadas as ligações de GM aos media, desde que foi porta-voz da Armada. Não surpreende, pois, que a foto final divulgada seja só de militares, todos vinculados a uma reserva, isto é, à “lei da rolha”. Desta forma, só se sabe o que GM quer que se saiba.
Quarto, a promoção mediática de GM assentou especialmente em entrevistas. Poucos notaram o óbvio: se GM não gosta de falar dele, não fale e não se exiba – se dá entrevistas, pode dizer que não gosta, mas não é sincero. Também disse que não se considera um “salvador da pátria”, mas a sua afirmação de que “Este país eram anos para endireitar” mostra que não foi sincero. Estas dissonâncias foram ignoradas pelos media nas entrevistas e perfis. Mais importante e revelador foi a ausência de qualquer relato sobre GM pelos que alguns jornalistas chamaram “detratores”; e darem eco acriticamente quando GM chama “malandros” a alguém. Jornalistas sérios têm aí pistas para olhar o objeto sob várias perspetivas; ninguém é perfeito nem unidimensional, como os media apresentam GM. Aliás, a escolha do termo “detratores” já revela um enviesamento dos jornalistas; de facto, ele fez mal e conscientemente a pessoas, que não são detratores; são vítimas de GM, como explico agora.
Quinto, em 2015, GM inventou uma violação de segredo de Estado, e acusou dela um cidadão, sem qualquer fundamento como revelou a conclusão de “inexistência de crime” no inquérito do Ministério Público. Tinha certezas na acusação, mas chamado a tribunal a justificar-se, invocou que eram só suspeitas. E assim ficou patente a honradez, a seriedade e a coragem de GM.
Sexto, o dito cidadão foi ainda acusado, por duas vezes por GM, de difamação da Armada e dos seus oficiais. GM em tribunal e num inquérito declarou que “o CEMA se viu obrigado, por questões institucionais e éticas” a processar quem prejudicasse a imagem da Armada (os inquéritos foram arquivados); e GM, seu chefe de gabinete, secundou-o como principal testemunha. Ficou assim patente a ausência de limites morais de GM, para agradar a quem o pode beneficiar; e ainda a sua intolerância face a vozes dissonantes, algo que orienta os militares mais modernos, enquanto ele estiver no ativo.
Sétimo, em 2016, um vice-almirante titular de órgão superior da Armada foi exonerado, por uma alegada “conspiração de almirantes”, afirmada por um jornalista cujas ligações a GM eram faladas; o jornalista afirmou em tribunal que as suas fontes eram ao mais alto nível da Armada. O referido vice-almirante, depois de recorrer aos tribunais, viu anulada a sua exoneração. O jornal foi repreendido duas vezes pela ERC, pelo mau jornalismo, sem factos e absurdo – não são os almirantes que exoneram ou nomeiam o comandante da Armada. Mas há almirantes que se movem nos bastidores e que já conseguiram impedir outros de alcançar esse cargo. Estes episódios revelaram uma técnica, que Trump popularizou: divulga-se uma ideia desfavorável, e mesmo que seja absurda ou falsa, fica instalada a dúvida: “ele é almirante; deve saber”. De facto, GM foi um dos dois únicos que beneficiaram da exoneração daquele vice-almirante. De novo, ficaram patentes a honradez e os métodos ínvios de GM.
Oitavo, ainda em 2016, o gabinete do comandante da Armada, chefiado por GM, emitiu uma nota à imprensa na qual insinuava que havia um vice-almirante corrupto. O oficial visado processou GM e o comandante da Armada por calúnia e difamação; foram acusados pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Tão seguros estavam da sua inocência, que os acusados evitaram o julgamento a todo o custo, e fizeram um acordo em que se retrataram. GM e os seus apoiantes, em especial os jornalistas, invocam que GM não foi condenado; o que não dizem é que não foi ilibado, e esta dúvida fica para sempre, pois só um tribunal pode ilibar da acusação. De novo, GM faz ou sugere acusações falsas, a que tenta escapar em tribunal, mas que, como Trump, visam lançar dúvidas e manchar alguém. Correu-lhe mal, e as dúvidas e manchas ficam para sempre sobre ele, por mais que a claque o tente branquear nos media. Vêm à ideia as denúncias mediáticas que fez de alegadas irregularidades na vacinação, mas cujo arquivamento não tem impacto mediático nem afetam GM.
Nono, no bizarro episódio relativo à exoneração do almirante Mendes Calado como comandante da Armada, foi ensurdecedor o silêncio de GM. Face ao tratamento indigno e inaceitável que o Governo deu ao almirante Calado, o que se espera de qualquer militar com elevados padrões morais é uma expressão pública de solidariedade; e do indigitado para lhe suceder, é de esperar que rejeite o cargo por indignidade no processo. Mas com câmaras e microfones sempre abertos para GM, e até promoção nos espaços mediáticos cor-de-rosa (diz que não gosta de falar de si próprio…), GM optou pelo silêncio neste ponto. E o que alguns escolhem comentar é a fuga de informação, como se algo neste processo devesse ser escondido dos portugueses. Já se sabe que GM sabia o que se estava a passar. Ficou claro que a sua ambição de poder, se sobrepõe às virtudes e aos deveres militares de lealdade e de respeito.
Talvez alguém tenha concebido este esquema para que se revelasse a fibra dos envolvidos: o almirante Calado mostrou nobreza e sangue-frio, e assim mostrou estar acima da desconsideração de que foi alvo. GM mostrou o que tantos sabemos há décadas, mas que uma campanha mediática tenta branquear: para GM, os seus fins justificam os meios.
Também não excluo que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, por certo conhecedores do passado e do caráter de GM, mas visando afastar a sombra que GM estava a fazer à popularidade deles, tenham achado que o mal menor era darem-lhe um cargo de poder, militar, no qual se espera discrição. Mas se é isso que visam, vão falhar: “quem faz um cesto faz um cento” e GM já mostrou que usa o poder e os media para se autopromover, e atropelar seja quem for que se atravesse no seu caminho; e tem uma claque que faz campanha por ele. Claro que GM pode enganar muitos por muito tempo, mas não pode enganar todos todo o tempo, por mais silenciosa que esteja a sensatez.
Sobre o referido processo, numa abordagem de política pública, cabe notar que é inaceitável exonerar um alto funcionário sem fundamento sólido e claro, ainda por cima reconduzido há 6 meses; a iniciativa do Governo desconsiderou as instituições e a pessoa visada. Mesmo que haja um acordo para o almirante Calado não cumprir o mandato, só a ele cabe a iniciativa de pedir a demissão. Esteve bem Marcelo, em quebrar o costume de só ter em funções comandantes dos exércitos com o acordo de Presidente e Governo, e recusar a proposta do Governo. E mais, porque isto não foi a decisão mais popular, no imediato.
Pessoas com elevados padrões morais não ficam indiferentes aos factos acima, só uma seleção dos mais recentes. No mínimo, devem contrastá-los com o que acharam da vacinação. Mas pessoas prudentes estranharão o unanimismo, a parcialidade e a falta de escrutínio dos media, ou o foco só numa pessoa que nem teve uma tarefa difícil – e sobre a qual, se não fosse uma reportagem da Porto Canal, nada de concreto se sabia; e ainda assim, pouco se sabe.
Pessoas prudentes e com elevados padrões morais espantam-se com a campanha mediática, que ao fim de seis meses (seis meses!) já aponta GM para Presidente da República, sem notar o absurdo de levar a um cargo político e com fraco conteúdo executivo, alguém que os próprios media definem como um executivo sem ambição política. Outros acham que ter sido bom a distribuir vacinas prova que seria o melhor dos possíveis comandantes da Armada, anunciando até que GM ia obrigar os políticos a tratar melhor os militares… Tal como aplaudem quem “rouba, mas faz”, as massas aplaudem GM.
Claro que há quem veja em GM um útil instrumento para dividir aquela direita que gosta muito da competência, da ordem e do “respeitinho”, que se está a aglutinar em torno de mais outro comentador. Também há militares que, no fundo, não se conformam com a supremacia civil e anseiam por um novo Eanes. Há, ainda, jornalistas e editores que acham que os media podem criar “meninos-de-oiro”, como fizeram com Sócrates… E há as massas, ainda mais manipuláveis quando impera um ambiente de medo. Nestes grupos, parece que ninguém aprendeu com o caso de Sócrates.
Importa ainda notar que além do disparatado e inaceitável processo de exoneração do almirante Calado e do silêncio de GM, está longe de ser óbvio que GM é a melhor escolha para comandar a Armada. Todos os vice-almirantes no ativo têm vantagem sobre GM nos pontos fundamentais: a nenhum se podem apontar falhas morais, ou nas virtudes militares; têm uma experiência profissional militar-naval diversificada e muito mais rica, essencial para altos funcionários do Estado; conhecem e dominam a legislação relevante; privilegiam a conduta de rigor e discrição, em vez do exibicionismo ou do uso dos media para fins pessoais; não foram acusados em processos criminais, e ainda menos está em dúvida se seriam ilibados em tais processos.
É oportuno repetir aqui a defesa que tenho feito da alteração da lei, para impor a audição parlamentar dos militares indigitados para comandos militares de topo. Não impedirá erros nem enviesamentos, mas aumenta a transparência e obriga os indigitados a um escrutínio que é hoje inexistente, que permite o pior tipo de politização das Forças Armadas, aquele que está em curso. Escolher GM para comandar a Armada tem ainda um efeito perverso e grave: mostra a futuros candidatos que “o caminho das pedras” inclui denegrir os concorrentes, e construir uma claque nos media, que vai fazendo campanha pela figura e tornando o nome conhecido de atores políticos e comentadores, que escolhem pelas aparências. Com GM a comandar a Armada, os órgãos de soberania eleitos mostram que a competência profissional-militar é secundária face à promoção mediática. É uma forma eficaz de destruir as FA, e é chocante ver tantos militares encantados com ela.

Foi uma vergonha o que se passou com o Comante Mendes Calado.
Costa e Marcelo, deveriam olhar-se ao espelho.
Onde está a honra ?
Mas este senhor “Jorge Silva Paulo, Capitão de Mar e Guerra reformado, Doutor em Políticas Públicas” não é um dos intervenientes, como queixoso, num dos processos que diz que Gouveia e Melo foi acusado?!
Gouveia e Melo pode não ser nenhum santinho mas alguns dos seus camaradas de armas são uns bons diabinhos!!!
Tenha vergonha senhor “Jorge Silva Paulo, Capitão de Mar e Guerra reformado, Doutor em Políticas Públicas”…
Argumentos vagos insinuações e confusão no texto demonstra bem o que está por detrás deste Doutor…inveja. A inveja da mediocridade. Não uma crítica ou uma acusação…pura inveja. Artigos deste género nao dignificam os órgãos que os publicam.
Felicito o Cte Silva Paulo pela coragem de revelar a verdadeira faceta do GM e que não corresponde ao que têm vindo a ser publicitado
Neste processo que desde a primeira nomeação travada pelo Presidente da Republica, sente-se um cheiro esquisito, não dominando os golpes de anca que se dão nas esferas do poder, uma coisa me salta á vista, é realmente estranho esta nomeação á segunda vez, este processo cheira a caca, e na caca não quanto mais se meche mais cheira mal, se é verdade que o senhor almirante Gouveia Melo fez um excelente trabalho como coordenador da vacinação, a meu ver devia por uma questão de ética não aceitar o cargo, visto a exoneração do Almirante Chefe do Estado Maior da Armada pelo que se sabe não ter fundamento, diria até que só foi exonerado para o senhor Almirante Gouveia Melo assumir o cargo, e quando á atropelos assim na hierarquia da Armada, deviam os intervenientes dar uma lição a esses Políticos que fazem esses atropelos a uma instituição como a Marinha.
O que este Sr. Cmdt tem, é uma valente dor de corno! Toda a gente o conhece de ginjeira…
Fabuloso, desconfio que por este senhor o GM não escaparia a trabalhos forçados, prisão, sevícias, humilhação pública e fuzilamento. Pelas notícias dos últimos dias, o padrão da mediocridade acerca das vacinas já voltou ao velho normal
Alguém viu o video de um grupo de deputados da comunidade europeia onde, após várias pressões para que os contratos com as farmaceuticas fossem públicos, revelaram o que lhes foi fornecido: Um monte de páginas com a maior parte das linhas completamente pretas porque a informação é secreta.
Vejam aqui: https://www.bitchute.com/video/2wjhyibNoXVr/
Estão a enganar o povo, para mim estavam todos na cadeia, incluindo este general escolhido…
Exmo. Sr. CMG, Jorge Silva Paulo,
Grato por ter escrito o artigo. Não só ajuda na busca pela verdade, como, acima de tudo, é o melhor antídoto contra qualquer mentira e/ou dúvida que tem reinado dentro e fora da instituição (marinha, restantes ramos das FA e demais forças de segurança). É muito importante os militares se manifestarem. E quanto mais melhor. Quanto mais verdadeiros forem e quantas mais vozes se levantarem, e também falarem por aqueles que não o podem fazer públicamente, mais amigos ganham deste lado.
É muito difícil conhecer o inimigo, quando, queiramos ou não, somos sempre influenciados pela comunicação social mentirosa e as alternativas são escassas ou inexistentes. Vivemos numa autêntica guerra de (des)informação.
Aproveito para fazer um apelo: que todos aqueles que têm consciência dos tempos difíceis que vivemos, por favor, ajudemo-nos. É um apelo especial que faço a todos os militares e restantes cidadãos deste país, mas que é principalmente dirigido aos militares e cidadãos que lidam com informação e sabem como agir em situações de conflito E QUE ACIMA DE TUDO LUTAM E QUEREM O BEM DE TODOS OS PORTUGUESES. Há já iniciativas da parte da sociedade civil. Se existem semelhantes iniciativas da parte de militares, ótimo. Façam- se conhecer, SE POSSIVEL. Sugiro a aplicação: telegram.org. Descarreguem a aplicação diretamente do site da aplicação. Não o façam via, por ex. “play store”, dado terem conseguido comprometer a aplicação original. VAMOS JUNTAR O ÚTIL AO AGRADÁVEL. SERÁ OURO SOBRE AZUL.
Vamos aproveitar a queda deste governo para começar a limpeza da casa e com isso ajudarmos a abrir os olhos de uma sociedade anestesiada.
ESTAMOS A SER ATACADOS E É LEGITIMO DEFENDERMO-NOS. A MELHOR DEFESA É O ATAQUE. É UMA QUESTÃO DE VIDA OU DE MORTE, É OU NÃO É VARDADE?
O sr Cmg e o sr João… Se se fossem encher de moscas faziam melhor figura.
Como dizo ditado.. “VOZES DE BURRO NÃO CHEGAM AO CÉU”
(Não me merecem outro comentário)
Aqui está… Mobilização para discridibilização do site… ahahah… É assim que funciona!!! 🤭☠ Senhores leitores não acreditem não, só pensem!!!
O conteúdo deste artigo é demasiado tóxico e revelador de uma individualidade perturbada e de uma “pequenez”, só comparável ao estado de compressão da matéria no momento da criação universo, tal é a infinidade de “despautérios”!
Aproveito para felicitar o Vice-almirante Gouveia e Melo pelo excelente trabalho que desenvolveu em prol da saúde dos portugueses, unanimemente reconhecido, interna e externamente, e que colocou o nome de Portugal bem alto, como há muito não víamos!
Obrigado
A ideia talvez seja colocar Portugal a pensar… Digo eu! 🤦♀️
Felicito o Cte Silva Paulo pela coragem de denunciar o verdadeiro carácter de GM e que não corresponde ao que pretendem fazer passar
Que tal ponderar a atribuição do globo de ouro a este SR Dr em politicas publicas? Fica a sugestão…
Uma linha editorial permissiva a este tipo de artigos e articulista não credibiliza os órgãos de comunicação social este jornal on line em particular, desrespeitando a boa fé do leitores.
Olha, olha, marinheiros na praça pública a lavarem roupa suja…
Mesmo que fosse ou seja verdade tudo quanto é dito no artigo, qual é a ideia? Impedir a nomeação de Gouveia e Melo para chefe da Marinha? Como se fossem artigos de jornais – e logo deste – a terem alguma influência nesse tipo de decisões. Portanto, o artigo não passa duma revanchezita.
E parece que o actual chefe da Marinha é o menino querido do articulista, quando é sabido que alinhou num acordo com o poder político, da sua própria exoneração antes do termo do mandato prorrogado “para não prejudicar camaradas que passariam à reserva por limite de idade”, como foi noticiado noutros sítios. E quem eram/são esses camaradas? Pois, é exactamente o alvo do articulista!
Gouveia e Melo é descrito como se vê e o almirante Calado – que aceita à partida, com a própria nomeação, a indignidade de ser demitido antes do fim do mandato, em benefício do próprio Gouveia e Melo – é apresentado como um exemplo!
«o almirante Calado mostrou nobreza e sangue-frio, e assim mostrou estar acima da desconsideração de que foi alvo» diz o articulista. Outros dirão que o almirante apenas fez jus ao seu nome e à tradição das chefias militares – calou e reverenciou de espinha dobrada.
Pobre Marinha, como andas tu…
Lamentavelmente este artigo de opinião nada mais é do que um lavar de roupa suja na praça pública que em nada dignifica o ramo que aparentemente representou durante muitos anos.
Depois de tão longo artigo, quase testamento, haja ao menos a consideração pelos leitores de informar quem foi o cidadão tão injustiçado.
Só faltou acrescentar um pequeníssimo pormenor, o cidadão mencionado no ponto quatro é o autor do artigo…
Afinal transparência e lisura estão em défice em mais do que uma pessoa…
Pois… parece que foi ele próprio!!!
Caros leitores,
A mais importante vitória alcançada, após 25 de Abril, foi ” a liberdade de expressão”, o respeito pela opinião de cada um, o que não significa a aceitação do que é exposto. Não nos podemos esquecer, de que vivemos numa democracia, embora às vezes, não o pareça.
Pelo fato, de muitos de nós, não concordarmos, acima de tudo, pela forma como foi celebrada esta promoção e substituição, somos obrigados a respeitá-la perante a nossa constituição.
Cabe, a cada uma das partes, defenderem-se, conforme previsto, no nosso estado de direito.
A responsabilidade civil, não é do Nosso Almirante GM, mas de quem a celebrou.
Considero, a prestigiosa colaboração do Sr. Almirante Gouveia e Melo, de extrema importância e muito bem conseguida, por forma ao garante dos objetivos definidos pelo SNS.