Com a tomada de posse de Bolsonaro, o Ministério da Educação emitiu novas directrizes para editoras de livros didácticos que eliminam as referências à ideologia de género e ao sexismo. O ministério também eliminou o seu departamento de diversidade.
Na véspera da sua inauguração, Bolsonaro tweetou as suas intenções. “Um dos objectivos para tirar o Brasil das piores posições nos rankings internacionais de educação é combater o lixo marxista que se espalhou nas instituições educacionais”. O ex-ministro da Educação, Ricardo Velez Rodriguez, prometeu no seu discurso inaugural acabar com a “promoção agressiva da ideologia de género”.
Numa pesquisa publicada no dia 8 de janeiro pelo Datafolha, 59% dos cristãos evangélicos disseram não aprovar que a educação sexual seja discutida na escola. A pesquisa, realizada de 18 a 19 de dezembro, foi baseada em 2.077 entrevistas. Católicos conservadores e cristãos evangélicos são os principais apoiantes do governo de Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta Terça-feira, que determinou ao Ministério da Educação (MEC) criar um projeto de lei que “proíba ideologia de gênero no ensino”.
Ele justifica a iniciativa pelo “princípio da proteção integral da criança”.
O ex-ministro da Educação, Vélez Rodríguez, disse que não só as escolas, mas também a família e a igreja estão ameaçadas pelo que ele chamou de “onda globalista louca”. Ele denunciou o mau comportamento dos seus concidadãos quando viajavam para fora do país, ao contar à revista Veja, “As nossas crianças e adolescentes devem receber educação para a cidadania, que ensina como agir de acordo com a lei e a moral”.
O Brasil ficou em 63º lugar entre os 72 países e regiões no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes de 2015, conduzido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico.
03 de Setembro de 2019
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