Algumas das histórias que emergem da Suécia sobre o seu tratamento negligente de crimes cometidos por estrangeiros têm sido ridicularizadas e criticadas por utilizadores de redes sociais de todo o mundo.

Da condenação a serviços comunitários por crimes sexuais – e até por tortura – à punição de vítimas de violação por se defenderem; os progressistas de todo o mundo estão a lutar para apontar a Suécia como o modelo para uma sociedade ideal.

A Suécia também não é alheia a punir os utilizadores das redes sociais por pensamentos errados.

Uma mulher de 65 anos foi julgada por “discurso de ódio” depois de sugerir que a imigração em massa diminuiria o QI do país.

Um homem de 91 anos foi condenado por “discurso de ódio” ao fazer comentários depreciativos sobre muçulmanos nas redes sociais.

No entanto, agora não estão apenas a castigar os utilizadores de redes sociais por terem pensamentos errados, ao ponto de um administrador de um grupo do Facebook ser multado por não ter eliminado publicações que ele não tinha feito.

Peter Markström, um administrador do grupo, “Stå Upp För Sverige” (Stand Up For Sweden), foi multado por não remover oito mensagens consideradas por um tribunal sueco como “comentários grosseiramente ofensivos”.

Markström negou a responsabilidade ao alegar que não tinha visto os comentários no grupo. Apesar disso, ontem, o Tribunal Distrital de Eskilstuna considerou-o culpado depois de ter concordado com o procurador que os comentários eram claramente discriminatórios contra grupos étnicos minoritários.

Num comunicado de imprensa publicado pelo tribunal, o este descreveu a situação: “O tribunal distrital descobriu que o indivíduo deve ter visto seis desses comentários e que, portanto, tinha intenções de não os remover. O arguido também se apercebeu da presença dos outros dois comentários, mas permaneceu passivo. Ele foi, portanto, considerado como tendo sido grosseiramente negligente em relação à sua incapacidade de remover estes dois comentários”.

A Comissão Europeia define o discurso de ódio ilegal como uma conduta pública que incita à violência ou ao ódio contra um grupo de pessoas ou um membro desse grupo definido por características como raça, cor, religião e origem étnica.

O grupo do Facebook – originalmente chamado ‘Stand up for Peter Singare’ – foi fundado depois de um policia, Peter Singare, ter declarado estatísticas de crimes relacionados a imigrantes no seu perfil pessoal.

O nome do grupo acabou por mudar para ‘Stand Up For Sweden’, reunindo mais de 200.000 membros em apenas alguns meses.

Markström recebeu uma pena suspensa e uma multa de 19.200 Kronor (1828.98€).

O tribunal baseou a sua decisão na lei sueca sobre os sistemas de boletins informativos, que estabelece que uma pessoa que disponibiliza um fórum deste tipo também pode ser responsável pelo que é escrito por outros utilizadores.

A lei remonta ao final dos anos 90, antes da existência do Facebook, mas o tribunal decidiu que o site de redes sociais está sujeito à mesma legislação – uma decisão que pode criar um precedente legal na Suécia.

Especialistas jurídicos disseram que acreditam que o caso poderia ser apelado para o Supremo Tribunal da Suécia.

Data do artigo: 15 de Setembro de 2019

Data da tradução: 18 de Setembro de 2019

Fonte: https://nationalfile.com/sweden-facebook-group-admin-fined-for-not-removing-hate-speech/