No âmbito do lançamento de um novo orçamento destinado a apoiar as famílias e a travar o seu declínio demográfico, o Governo húngaro disse ao Breitbart que acredita que famílias prósperas são mais importantes para a sociedade do que o crescimento económico.
Esta semana, o Governo húngaro, liderado pelo Primeiro-Ministro Viktor Orbán e pelo seu partido no poder, o Fidesz, apresentou novas medidas que, a partir de 2020, irão financiar o novo Plano de Acção para a Protecção da Família. Espera-se que o plano aumente o financiamento das famílias em 695 milhões de euros, ou seja, um total de quase 4,1 mil milhões de euros em subsídios para as famílias húngaras.
O novo orçamento surge alguns meses depois de o primeiro-ministro Orbán anúnciar que a Hungria iria procurar implementar mudanças drásticas que poderiam dispensar as mulheres com pelo menos quatro filhos do pagamento de impostos sobre os seus rendimentos para o resto das suas vidas.
Ao falar com Breitbart London, um funcionário do governo indicou que havia uma distinção inequívoca entre a abordagem da Hungria ao declínio demográfico e a dos seus parceiros da Europa Ocidental, que muitas vezes escolhem importar pessoas – geralmente de países em desenvolvimento – em vez disso. O porta-voz do governo afirmou: “A Europa está numa encruzilhada. A Europa Ocidental procura resolver o problema da demografia com soluções simples que apenas oferecem sucesso a curto prazo, mas que têm consequências catastróficas a longo prazo”.
O porta-voz do partido Fidesz continuou: “A Hungria tem uma abordagem de longo prazo e opta pelo caminho mais difícil, pelo que a Europa pode tornar-se um continente economicamente forte e rejuvenescido. Ou encorajamos os nascimentos, colocando os interesses das famílias no centro da política, ou encorajamos cada vez mais os fluxos migratórios”.
A alta proporção de financiamento familiar do governo húngaro em relação ao seu PIB reflete que favoreceram a família em detrimento do crescimento económico.
“O nosso objectivo é travar o declínio demográfico da Hungria através de medidas de apoio à família”, afirmou o porta-voz, acrescentando: “O que precisamos não são números, mas crianças húngaras: não estamos a tentar manter um sistema económico, mas sim a Hungria, a nação húngara e a história húngara; queremos encorajar a continuação das nossas famílias durante várias gerações”.
O porta-voz referiu ainda que a Hungria está a tentar persuadir outros países da Europa a adoptarem políticas familiares mais fortes.
“Assim, a hostilidade ao programa de incentivos ao parto decorre do facto de que aqueles que querem resolver os problemas demográficos da Europa através da migração abominam a política familiar. O inverso também é verdadeiro: nós que queremos resolver os problemas da Europa e do nosso próprio país através da política familiar, abominamos a migração”.
A Itália – com o seu Ministro do Interior populista nacional e líder de facto Matteo Salvini – é um país da Europa Ocidental que tem procurado imitar a política da família húngara. Salvini afirmou claramente que apoia fortemente as políticas pró-família. O seu partido, a Liga, propôs uma legislação que daria terrenos gratuitos a famílias italianas com pelo menos três filhos, para ajudar a repovoar as regiões rurais, informou o jornal italiano La Stampa.
As políticas da Hungria para aumentar os gastos familiares contrastam fortemente com países como a Alemanha, que acolheram um número excessivo de migrantes. Em 2018, a despesa alemã com os requerentes de asilo atingiu 23 mil milhões de euros – um nível recorde.
Arthur Lyons
10 de Junho de 2019
Fonte: https://voiceofeurope.com/2019/06/hungarian-govt-families-are-more-important-than-economic-growth/
http://abouthungary.hu/blog/heres-why-we-call-it-the-budget-of-families/