Já não é novidade para ninguém a nova cara de São Teutónio, Odemira, e mesmo do Litoral Alentejano. A construção de novas estufas, a recusa dos patrões em subir os salários de forma a que os Portugueses trabalhassem neste tipo de empregos, como sempre trabalharam, especialmente no Alentejo, levou a uma falta de procura por parte de cidadãos nacionais em relação a estas vagas. Para fazer face a este problema, em vez de aumentarem os salários, os patrões destas empresas agrícolas recorreram, portanto, a imigração artificial em massa de mão-de-obra barata, de forma a preencher o vazio que eles próprios criaram, e o resultado está à vista.

Como já reportamos previamente aqui no Notícias Viriato, com 6.439 habitantes, São Teutónio é a que a sofre mais com este fenómeno da imigração. Segundo o presidente da Junta de Freguesia, Dário Guerreiro, entre Abril de 2017 e Junho de 2019, foram emitidos cerca de 8 mil atestados de residência a cidadãos estrangeiros, fora do espaço europeu. O autarca reconhece alguns problemas sobretudo na recolha de lixo.

Entre 2014 e 2018, esta população não europeia, passou de 3.500, na sua maioria do Nepal, Índia, Tailândia e Bulgária, para 11 mil.

O próprio Público, já revelara que há ruas de São Teutónio em que os Portugueses são uma minoria, que existe tensões devido a essa mudança demográfica que aconteceu na região, e que nas ruas há ‘discurso xenófobo’, o simples facto dos Portugueses se sentirem estrangeiros e uma minoria na sua própria terra, tem de ser acatado e levado com um sorriso para este jornal.

Mas não é para falar do pedestal moral em que os jornais de Esquerda se colocam em relação aos anseios dos Odemirenses ou dos Portugueses, mas sim dos resultados eleitorais que este concelho obteve, dos que mais sofre com imigração no país. António Costa, em campanha pelo Partido Socialista, prometeu que iria aumentar ainda mais a imigração. “Está na moda em muitos países europeus dizer que não querem mais imigração, Portugal precisa de mais imigração e de mais estrangeiros a virem trabalhar para o nosso país.” Mais, mais, mais imigração, o próprio Primeiro-Ministro parcialmente de origem Indiana disse, e como é que Odemira respondeu?

Com uma enorme taxa de aprovação ao PS.

Como podemos ver no mapa acima, como também pelos resultados destas eleições legislativas, quase metade de Odemira aprova e apoia o Partido Socialista. 44.5% dos Odemirenses aprovaram a mensagem que Costa afirmou, de trazer ainda mais imigrantes para o seu concelho, 48.4% na freguesia em que os Portugueses são minoria em certas ruas, São Teutónio.

O único partido anti-imigração que teve alguma votação, o Chega, arrecadou apenas 1.4% dos votos no município de Odemira, ou 155 pessoas que se demonstraram contra esta política de António Costa. Vila Nova de Mil Fontes foi a freguesia em que este partido foi mais votado, com cerca de 2.8% ou 56 dos votos obtidos no concelho.

Pelas promessas feitas pelo nosso primeiro-ministro, podemos adivinhar que a imigração neste concelho, não só vai permanecer nos actuais níveis como muito provavelmente vai aumentar, ao fim ao cabo, os eleitores têm de facto aquilo que pediram.

Beirão

O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico.

15 de Outubro de 2019