Foi por pouco, mas foi. Os nacionalistas estão de volta ao Parlamento Português após 45 anos de rotação entre socialistas e sociais democratas. O partido CHEGA chegou ao Parlamento Português ao eleger um deputado. Com ainda algumas dúvidas sobre a eleição de André Ventura e os meios de comunicação social já a declarar Portugal livre de “extrema direita”, o CHEGA foi o suficiente para causar incómodos no sistema.
Embora o primeiro deputado do partido tenha sido eleito através do círculo de Lisboa, o distrito em que foi votado mais per capita, foi o de Portalegre, colorido em azul escuro no mapa, onde obteve 2,74% dos votos, com os municípios de Monforte, Elvas e também Ponte de Sor em menor escala, a destacarem-se para o sucesso de Ventura neste distrito do Alto Alentejo. No concelho de Elvas, o CHEGA teve tanto sucesso que se tornou no segundo partido mais votado na freguesia de São Vicente e Ventosa, atrás apenas do Partido Socialista, com quase 12% dos votos.

Mais abaixo no distrito de Évora, o CHEGA teve 2.2% dos votos, pouco atrás do CDS-PP, destacando-se os concelhos de Viana do Alentejo, Estremoz e Mourão, com 3.2%, 3.3% e 4.2% dos votos, tornando-se mesmo na quinta força política neste município. No distrito de Beja, destaque para o Alvito com 4.8% dos votos e para Moura com 4.7%, tornando-se na quinta força política destes concelhos, para o partido de apenas 6 meses.
Em Santarém, o partido obteve 2% dos votos no distrito inteiro, com destaque para os concelhos de Vila Nova da Barquinha, o Entroncamento, Constância e Benavente com 3.6%, 3.4%, 3.3% e 3.2% dos votos, respectivamente. Com ganhos modestos no Norte e Centro, o partido ganhou força e afirmou-se principalmente no Sul.
No Algarve ou no distrito de Faro, o partido obteve 2.1% dos votos, com destaque para Vila do Bispo com 4.4% dos votos, em pé de igualdade com o PAN. No distrito de Setúbal o CHEGA obteve 1.9% dos votos, com destaque para o Montijo com 2.6% dos votos e para Sesimbra, com 2.7% dos votos em que a freguesia da Quinta do Conde conseguiu 3.9% dos votos para o partido. A fazer fronteira com a Quinta do Conde, Fernão Ferro já no concelho do Seixal, obteve também um resultado semelhante, com 3% dos votos.
Quanto a Lisboa, onde André Ventura foi eleito, o líder do CHEGA conseguiu obter o maior número de votos nos arredores de Lisboa, especialmente em Sintra, Amadora, Odivelas e Loures, em azul escuro, onde neste último concelho superou o maior e o partido mais à direita até então com representação parlamentar, o CDS.

Uma possível explicação para estes bons resultados no distrito de Lisboa que os meios de comunicação social do sistema jamais revelariam deve-se ao grande número de comunidades imigrantes nestes concelhos, maior criminalidade como também a um maior número de contingentes policiais ao qual André Ventura já prometera o seu apoio para fazer face a estes problemas que os partidos vigentes nas últimas décadas permitiram que acontecessem.
Dito isto, como o actual primeiro-ministro António Costa já prometeu ainda mais imigração para o país e com muitos escândalos de corrupção no partido Socialista, o CHEGA tem tudo para crescer nos próximos 4 anos.
Beirão
O autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico.
8 de Outubro de 2019