O Notícias Viriato publica, na íntegra, a Carta Aberta de Artur Mesquita Guimarães, o pai dos filhos que foram chumbados dois anos, dirigida ao Secretário de Estado da Educação João Costa.
Exmo. Senhor
Secretário de Estado Adjunto e da Educação
No que se refere à não participação dos meus filhos na disciplina de “Cidadania e Desenvolvimento”, considerando os comentários, públicos, que proferiu na Assembleia da República sobre o caso, queira considerar:
Mas o que é que o inquieta?
Quanto à forma como educamos os nossos filhos!
A alegria dos meus filhos?
A vontade de aprenderem, sem necessidade de imposição de quem quer que seja e de serem alunos empenhados e interessados?
Preocupa-se porque são capazes de fazer os trabalhos de casa da escola sem necessidade de “muletas”?
Pelo facto de terem uma participação activa na sociedade do sítio onde vivemos?
Pelo facto de serem desenrascados?
Por gostarem de música e saberem de música?
Por serem estimados pelos professores e colegas da escola?
Por gostarem de conviver e passar bons momentos com os amigos?
Por gostarem de viajar e conhecer o mundo?
Por gostarem, em noites de verão, de dormir ao relento para contemplar o céu e saborear a frescura da brisa?
Porque gostam de estar ao pé dos outros, quando eles mais necessitam?
Porque igualmente gostam de receber a amizade dos amigos quando atravessam dificuldades?
Porque gostam de viver a vida?
Ou tem razões para afirmar o contrário em relação às questões que acima lhe coloco?
E, ainda que tivesse, alguém se meteu consigo no que se refere à educação dos seus filhos? Mesmo que tivesse delegado a educação dos seus filhos a outrem, não foi por opção sua, mesmo que o tenha feito de forma mais ao menos inconsciente?
Não considera que a família é a célula primária da vida social?
Não lhe parece que a autoridade, a estabilidade e a vida de relações no seio da família constituem os fundamentos da liberdade, da segurança, da fraternidade no seio da sociedade?
Não lhe parece que, mesmo quando as famílias não estejam em condições de desempenhar as suas funções e tenham de ser ajudadas, deve ser acautelado que não lhes sejam usurpados os seus poderes e, igualmente, que ninguém se imiscua nas suas vidas?
Ou terá um percepção da sociedade diferente da minha?
Quanto à reposição da legalidade!
Ficou surpreendido por eu não renunciar aos direitos que a Constituição e as leis da República me reconhecem?
Mas está convencido que eu vou delegar a educação dos meus filhos em mãos alheias?
Não lhe parece que o poder que lhe é atribuído pela Constituição da República é para estar ao serviço do povo e não para usar esse poder com fins intimidatórios?
Não lhe parece que a missão para a qual foi indigitado se destina a garantir e dar condições para que ninguém fique para trás e não a impor as suas convicções a outrem?
Em conclusão!
Sabe o que é a Liberdade?
Sabe o que é a Democracia?
Poderá explicar a razão deste conflito, no que se refere ao que se está a passar com a escola dos meus filhos?
Pois bem, o que eu lhe desejo é que seja feliz!
Artur Mesquita Guimarães
Vila Nova de Famalicão, 27 de Julho de 2020
Não passarão!
Antigamente havia a Mocidade Portuguesa, depois veio o 25 Abril e resolveram que se devia mandar os meninos à escola, em comemoração da data e “celebrar a liberdade”.
Entretanto o país foi-se deteriorando e eu pensando em emigrar…
Mas numa destas “celebrações” o locutor da TV “entrevistou” alguns meninos duma escola do Porto; e eis que um diz mais ou menos isto: -Está tudo muito pior, desemprego, corrupção; ao que o entrevistador(todo empertigado) voltou a perguntar: -Então para ti só um novo Salazar, não?
E o miudo, que era dos valentes, respondeu: -Um Salazar!? Agora nem uma dúzia!
Isto foi para aí em 77/78, não me lembro! Lembro-me sim que voltei a ter esperança em melhores dias para o meu pobre país…
Depois Sá Carneiro morreu e eu perdi a esperança.
Adorei a carta e a denúncia que faz nela deste abuso de poderes, que estes mercenários governamentais, fazem hoje do poder que lhes é dado em prol, das mais hediondas soluções pedagógicas por eles professadas, através de mentalidades prevertidas, de gente que viveu descriminada pela sociedade e que agora se julga no direito de preverter a mesma…
Muito bem. Grande carta dirigida ao neofascista-socialista do secretário de Estado adjunto da educação, promotor da nova censura e da ditadura do pensamento e dos costumes em Portugal.
Ainda não estamos no Irão ou na Coreia do Norte!
A carta devia ser estendida também ao neofascista-socialista censor, ministro da educação.
Viva a liberdade! Abaixo a ditadura!