Ideias têm consequências. Às vezes são boas, às vezes são más e, as vezes são simplesmente catastróficas, como as ideias de Karl Marx.

Karl Marx nasceu em Trier, Alemanha em 1818. Marx não criou o comunismo, mas foi baseado nas suas ideias que Lenin construiu a União Soviética, que Mao construiu a China Popular, assim como outros tiranos que construíram os seus regimes comunistas, tais como os Kims na Coreia do Norte e os Castros em Cuba. Todos os regimes e movimentos que se chamavam de Marxistas, mataram na totalidade mais de 100 milhões de pessoas e escravizaram mais de mil milhões de pessoas. Tudo em nome da dita liberdade, da democracia, da igualdade e da prosperidade.

Marx acreditava que os trabalhadores, especialmente os que faziam trabalho manual, eram explorados pelos capitalistas. Marx dizia que os capitalistas eram as pessoas que controlavam os meios de produção (especificamente as fábricas) e que apenas através de uma revolução dos trabalhadores, como Marx diz em ‘Das Kapital’, é que seria possível acabar com esta injustiça. Como é que essa revolução seria? Marx e o seu amigo, Friedrich Engles, explicam ponto a ponto no livro ‘Manifesto Comunista’, que incluía a abolição da propriedade privada e da herança e a centralização da economia, do crédito, da comunicação, do transporte e muito mais nas mãos do estado. Noutras palavras, o estado seria o dono de tudo e controlaria tudo.

Esta filosofia foi muito debatida na Europa por intelectuais durante a vida de Marx, mas nada aconteceu, até o ano de 1917, em que Vladimir Lenin tomou o Poder da Rússia Imperial.

Apesar dos constantes desastres económicos e do fracasso do comunismo militarizado, a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, que mais tarde se tornou a república principal da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ou apenas União Soviética, tornou-se no modelo para os ditadores em todo o mundo. Sempre que as ideias de Marx eram instaladas num país, acontecia sempre a mesma coisa. Fome, miséria e um derramamento de sangue brutal! Isto aconteceu sempre na União Soviética, na Europa oriental, China, Vietnam, Coreia do Norte, Cuba, Bolívia, Zimbabwe, Venezuela.

Então, se as ideias de Marx nunca funcionaram, porque é que existe cada vez mais pessoas a defendê-las? Isto acontece porque os ditos marxistas dizem sempre que eles – isto é, Estaline, Mao, Chavez etc etc – Nunca praticaram na realidade o marxismo e que eles não entenderam o que é o marxismo. Segundo eles, Marxismo trata-se apenas de partilhar o que nós temos. Como diz Marx, De cada um de acordo com as suas capacidades, para cada um de acordo com as suas necessidades”.

Mas, quem é que determina as capacidades e as necessidades? A resposta é: o estado, a elite governante. Segundo o Marxismo, é a elite governante que tem o poder todo. É por isso que, na realidade, os ditadores marxistas como Lenin, Mao e Pol Pot, entenderam muito bem o que é o marxismo. Eles queriam poder absoluto, e o marxismo deu-lhes isso.

Karl Marx nunca teve de enfrentar as consequências das suas teorias. Ele viveu a maior parte da sua vida adulta respirando o ar livre em Londres, Inglaterra, sustentando-se da generosidade do seu padrinho e colaborador Engels, que por sua vez herdou o dinheiro todo do seu pai que era um comerciante bastante rico. Marx levava os dias todos na sala de leitura do Museu Britânico, pesquisando e escrevendo. Embora ele estivesse obcecado pelo termo ‘científico’, ele nunca conseguiu reunir informações suficientes para provar a sua teoria. E o motivo era porque não havia nenhuma prova para as suas teorias. Com todo o tempo gasto na biblioteca, Marx nunca encontrou nada que provasse que o capitalismo era só uma fase transitória.

Durante toda a era industrial, as condições de trabalho foram constantemente melhoradas e a riqueza se expandiu. Marx teve que se basear em dados desactualizados para poder provar a sua teoria e, mesmo assim, ele teve que manipular os dados para conformá-los às suas teorias pré-determinadas. Mas, na verdade, Marx não tinha interesse nenhum em provar as suas teorias, pois ele sabia que só poderiam ser implementadas pela força. Marx disse o seguinte: “Como é claro, no início, o comunismo não pode ser realizado a não ser por meios de ataques despóticos”. “Só poderá ser alcançado por meio de uma destruição à força de todas as circunstâncias sociais existentes”. Isto é a religião, a família, a propriedade privada e liberdade. Tudo isto tinha que desaparecer para atingirmos o comunismo. Mas, como as pessoas nunca irão abdicar disto de forma voluntária, para criar um estado socialista foi sempre preciso armas, prisões e execuções imediatas. Os discípulos de Marx nunca pensaram que isso seria um problema. Alguns, como o Che Guevara, achavam que isso era apenas um bónus. Guevara disse “Eu não preciso de provas para executar um homem, apenas preciso da prova de que é necessário matá-lo”.

Se continuares a defender o marxismo após tanta maldade que causou ao mundo, tudo bem, é uma escolha tua, mas não me digas que nunca foi tentado de verdade, porque já foi.

Tiago Cerejo de Andrade

28 de Julho de 2019